Ventura levado ao colo

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Os restaurantes portugueses estão à beira da falência. 60 por cento irão fechar as portas em Janeiro, se houver segundo round de Covid-19 este Outono.

Mas isso não preocupa os ricos-que-vivem-de-negócios-opacos. Eles nunca comeram a 5 euros o prato. Ou compraram bolos a 80 cêntimos. Como é o caso de Ricardo Salgado, cujo processo soma milhões e milhões de prejuízo pago pelos portugueses.

Mas a catástrofe-anunciada vai dar um empurrão ao Partido Chega. E porquê?

A maioria dos restaurantes são pequenos negócios, um ganha-pão para milhares de famílias.

Já os grandes negócios são diferentes. Empanturram alguns penetras da economia-difusa e meia dúzia de famílias, clãs que até repartiam comissões ilegais de submarinos.

No início de 2021, mais de metade dos restaurantes fecharão as portas.

Mas o mesmo não acontecerá aos grandes negócios. Às auto-estradas ou à electricidade, por exemplo. Porque estão protegidos por uma “graça” chamada «renda». Quer dizer, se derem prejuízo os portugueses pagam. Se derem lucros, os donos arrecadam.

Com estas “graças” e com a ajuda do covid-19, vamos desgraçando as nossas vidas e empurrado o País para os braços da extrema-direita.

O desespero de quem quer trabalhar está em todo o lado. Vê-se na Baixa Pombalina, a sala de visitas de Lisboa. E nos bairros populares. Sumiram-se as pessoas. Os restaurantes estão vazios. As lojas sem ninguém. Regrediu-se 50 anos. Nem moradores existem, porque o presidente Medina deixou varrer os residentes, deslumbrado com turismo da mochila.

Já os ricos-que-vivem-de-negócios-opacos não têm estas mal-aventuranças. Acomodam-se satisfeitos na Quinta da Marinha, Restelo, Aroeira, Montachique, Ulgueira ou Montemor-o-Novo. Estão tranquilos, porque a «geringonça» é afinal mais meiga que o governo trauliteiro de Passos Coelho. Passos era agoirento. E afinal, Costa governa na mesma mas de sorriso.

Nos restaurantes, há anos, engordavamos ilusões com a «geringonça». E os ricos diziam cobras e lagartos do oportunista António Costa.

Mas a direita descobriu que, afinal, comunistas e bloquistas não mudam as coisas assim tanto. Ou mudam, na medida em que os 750 mil desempregados inibem-se de protestar porque o governo é de esquerda.

Deixem as pessoas passar fome. Continuem a pingar nas auto-estradas. Encham os bolsos aos chineses. Atafulhem os deputados de mordomias. Deitem abaixo o Serviço Nacional de Saúde. Arranjem mais rendas. E vamos ver onde é que isso nos leva.  Teremos um Bolsonaro de barba mal aparada. Um Fidel ao contrário. Seremos um Brasil em ponto pequeno, onde não falta a poderosa IURD.

Levem o senhor André Ventura ao colo e vamos assistir à Europa civilizada a rir. Não da Bielorrússia mas de nós.

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