A infraestrutura de Tchernobyl foi atacada por drones com explosivos na madrugada de 14 de fevereiro e o fogo que as explosões provocaram demorou 3 semanas a ser apagado pelos bombeiros ucranianos.
Tchernobyl é uma central nuclear que sofreu um grave acidente em 1986 e que, desde então, está desativada. Mas continua radioativa e, por isso, foi construída uma cobertura especial sobre o reactor que sofreu o acidente, de modo a proteger o ambiente da radioatividade.
Ora, essa cobertura está, agora, seriamente danificada, segundo informa a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), em comunicado divulgado em 13 de março.
Esta estrutura em forma de arco tem múltiplas funções: proteger o ambiente de qualquer potencial libertação de material radioativo para a atmosfera, evitar qualquer degradação da antiga estrutura de abrigo abaixo dela devido a fatores externos e facilitar as atividades de desmantelamento.
O ataque provocou “danos extensos”, diz o comunicado, que especifica haver vários rombos na estrutura e, também, estragos provocados pela ação dos bombeiros.
“Os serviços de emergência ucranianos trabalharam arduamente durante várias semanas em circunstâncias difíceis, por vezes em condições meteorológicas congelantes. Os seus esforços admiráveis foram recompensados e a situação de emergência está agora sob controlo, o que é uma notícia muito boa”, refere a nota da AIEA.
O ataque representou uma séria ameaça à segurança nuclear e danificou gravemente a cobertura, “construída com enormes custos para a comunidade internacional. A tarefa desafiadora que temos pela frente é reparar a estrutura e restaurar sua funcionalidade de confinamento. Atacar instalações nucleares é completamente inaceitável”, diz o comunicado.
No entanto, não se sabe quem atacou. A AIEA não acusa nenhuma das partes do conflito que, por sua vez, se acusam mutuamente pelo ataque.
