É um dos episódios mais vergonhosos do Exército português na guerra colonial. Ocorreu em Moçambique em 1972.
50 anos depois, chegou o tempo de um primeiro-ministro português pedir desculpa, em nome de todos nós.
António Costa fez bem.
A História
O episódio aconteceu em 16 de dezembro de 1972, depois da morte de dois capitães, comandantes de companhia, quando o jipe em que seguiam acionou uma mina anticarro.
Na retaliação, pelo menos 385 pessoas foram assassinadas pela 6.ª Companhia de Comandos de Moçambique sem contar os que morreram durante a “limpeza” do local, que ocorreu nos três dias seguintes ou devido aos interrogatórios que seguiram o episódio.
As tropas portuguesas dizimaram um terço dos 1350 habitantes de cinco povoações (Wiriyamu, Djemusse, Riachu, Juawu e Chaworha) integradas numa área chamada de “triângulo de Wiriyamu”.
O massacre foi denunciado pelo jornal britânico The Times, na edição de 10 de julho de 1973 por três padres católicos.
O governo português negou os acontecimentos. Só depois do 25 de abril de 1974 o ato foi finalmente assumido. Agora, o primeiro-ministro de Portugal pediu desculpa por um acontecimento que nos envergonha a todos.