Recordar o cerco ao parlamento em 1975, prevenir o futuro

Ana Gomes pediu à Procuradoria Geral da República uma investigação ao Chega. Já existem razões de sobra. A liberdade não justifica a destruição da liberdade e da Democracia. É preciso coragem, porque as reportagens da SIC mostraram que o Chega não é pêra doce.

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O Ministério Público deveria ter tomado a iniciativa. A imprensa já divulgou a complexa teia de suporte do Chega e as ramificações a extremistas infiltrados nas forças de segurança. Os serviços de informação identificaram a ameaça. 

Todos julgamos (e bem) que as polícias protegem os cidadãos e repõem a ordem. Mas quando vemos as imagens das manifestações das forças de segurança notamos muita agressividade.

O Chega deveria ter acabado no dia em que o seu líder desceu as escadas da Assembleia da República para se juntar aos polícias manifestantes. E admoestou o Parlamento.

O Estado Democrático de Direito pode não ser perfeito, mas é o melhor sistema. A Democracia portuguesa tem problemas, mas resolvem-se. O bota-abaixo nunca levou a lado nenhum. A não ser ao 28 de Maio de 1928, pela mão de três maçons aparvalhados que entregaram o poder ao ditador António Salazar.

A iniciativa de Ana Gomes é prudente. Não queremos acordar, um dia destes, com uns chifrudos à porta do Parlamento, como sucedeu inesperadamente em Washington. Ou como se passou em Portugal em 1975, quando os deputados estiveram sequestrados durante dois dias na Assembleia por milhares de operários da construção civil. Os deputados do PCP rejubilaram de apoio.

Que a história não se repita. Agora com o apoio do Chega, usando os policias. Abençoada Ana Gomes.

1 COMENTÁRIO

  1. As policias tem desviado muito da sua missão . . . Com um braço politico a apoia-las serão forças de 24 de abril de 1974. Podem facilmente surgir imponumente banhos de sangue . . . O inicio de hitler e outros que o seguiram foi assim que começou, enquanto na democracia dormia … acordou na ditadura …

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