As palavras devem ser pensadas, quando morre um homem grande. Mas o Partido Comunista Português fez o contrário com Carlos do Carmo. O elogio do PCP foi uma dentada à má fila.
Veio também o Presidente e o cortejo das habituais tagarelices. Como alguns jornalistas, que voam meio-mundo para falarem em cima de grandes acontecimentos. Querem ser importantes, quando só incomodam.
Há 20 anos, Carlos do Carmo era apontado como “o fadista comunista”. O dono de O Faia, levou a mesma traulitada de José Viana, Rogério Paulo e outros homens grandes, que abriram os braços ingénuos ao PCP. Depois fartaram-se dos sovietes do país que foi uma mega-fraude. Confirmou Mikhail Sergeevitch Gorbatchov.
O PCP teve 6,34% nas últimas eleições. Em rigor, 332.018 votos. Carlos do Carmo foi um Universo. Menino do Institut auf dem Rosenberg. Homem de grande cultura. Fluente em francês, inglês, alemão, italiano e espanhol. Com o português, seis línguas.
Leiam-se agora as suas entrevistas, em silêncio. Escute-se o seu canto, com admiração. Quando morre um homem grande não é um programa da Cristina. Nem um panfleto do PCP.