Não vemos imagens dos bombardeamentos, porém o exército israelita continua diariamente a lançar bombas sobre os palestinianos. Todos os dias morrem mais algumas dezenas, as crianças continuam a não ser poupadas.
Não vemos imagens dos corpos despedaçados, no entanto elas existem. As televisões não as passam para não estragar o jantar dos telespetadores. As redes sociais controladas por americanos e sionistas censuram-nas porque quem manda ali não se importa com a vida ou a morte dos palestinianos.
Link para um vídeo onde se vê um bombardeamento israelita sobre tendas de deslocados palestinianos em Gaza: https://t.me/duaslinhas/1789.
Sei
que não gostas de ver
sangue de crianças ao jantar,
mas no fundo do ecrã
da minha panela
não há outras.
Shahd Wadi, "Mancha-Prazeres", Chuva de Jasmim
O Presidente da Cruz vermelha diz que Gaza é o “inferno na terra”, uma espécie de refrão de uma canção da morte que as rádios não passam e os jornais não reproduzem.
O silêncio quase total desce sobre Gaza, os assassinos estão quase à vontade para continuarem a matança. De vez em quando alguma coisa corre mal e ficamos a saber que os militares israelitas matam socorristas, médicos e enfermeiros com a mesma descontração com que matam crianças, mulheres e velhos.
O exército israelita diz que matou socorristas, médicos e enfermeiros porque houve uma “sensação de perigo” e irá, certamente, condecorar os que mataram e os que encobriram os cadáveres e as ambulâncias dentro de uma vala comum. Mas o crime está registado. Talvez um dia venha a ser julgado e talvez mais tarde os criminosos sejam condenados.
