NOBEL da PAZ

0
269

O Nobel da Paz será conhecido na próxima sexta-feira e Donald Trump continua a sua campanha de pressão para que o prémio lhe seja atribuído. Se não fosse trágico, seria motivo para gargalhadas. O ex-Presidente dos EUA apresenta-se como um “pacificador”, argumentando que terminou sete guerras — omitindo, convenientemente, outros factos.

Não menciona, por exemplo, que ameaçou invadir a Venezuela; que autorizou a Marinha americana a executar suspeitos de tráfico de droga em pleno mar alto, eliminando pessoas sem investigação criminal nem julgamento — verdadeiros fuzilamentos sumários. Esquece também a sua tentativa surreal de “comprar” a Gronelândia, acompanhada da ameaça de invasão caso a Dinamarca não aceitasse.

Mais grave ainda é o seu apoio incondicional a Israel no genocídio em Gaza, através do fornecimento de armas e de apoio logístico, sem o qual a máquina militar israelita dificilmente poderia manter a ofensiva. E há, naturalmente, a guerra na Ucrânia, que Trump continua a alimentar através do envio de armamento para Kiev.

A eventual atribuição do Nobel da Paz a alguém com este historial seria um golpe fatal na credibilidade do Comité Nobel. Seria, em suma, premiar a guerra disfarçada de paz.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui