Há duas semanas que o exército da Ucrânia invadiu território da Rússia. A ideia dos ucranianos é ficar lá. Segundo a propaganda ucraniana, neste momento controlam 80 localidades russas, numa área superior a mil quilómetros quadrados. Estão a destruir pontes, de modo a complicar o contra-ataque russo. Significará que também não pretendem avançar mais, mas que vão defender o território conquistado.
Na sua mais recente comunicação urbi et orbi, o presidente Zelensky diz que “a guerra não vai de férias” e pede mais ajuda aos aliados:
A tática militar dos ucranianos surpreendeu muita gente, nomeadamente os russos. Não terá surpreendido os aliados, principalmente aqueles que estão na linha da frente no fornecimento de armamento e mão-de-obra combatente a título de voluntariado. Esta guerra está cheia de episódios de dissimulação e engano, mas ninguém acredita que os milhares de ingleses, franceses, norte-americanos ou polacos, entre outros que andam a matar e a morrer nas estepes ucranianas e russas, tenham lá ido parar por amor ou pelo espírito de aventura.
Na invasão da região de Kursk, a Ucrânia diz estar a atingir todos os objetivos a que se propôs: desgastar o inimigo, conquistar território que possa servir para trocar pelo seu território que os russos dominam, capturar militares e civis que possam vir a ser trocados por ucranianos detidos na Rússia. Zelensky canta de galo, como há muito não se via.
Apesar dos ganhos na região russa de Kursk, no Donbass as forças ucranianas estão a ser empurradas e a cidade de Pokrovsk está à beira de cair nas mãos dos russos. A cidade é um importante centro de transporte para as linhas de abastecimento ucranianas em grande parte da região leste de Donbass. As tropas russas estão agora a cerca de 10 km dos arredores da cidade.
