Israel gaba-se de ser “a única democracia do Médio Oriente” e a Europa e a América do Norte confirmam. No entanto, é mentira. Os métodos e as políticas israelitas não são democráticas. É certo que o regime é multipartidário e que até existe um partido político árabe com deputados eleitos no Knesset, o partido UAL-Ta’al, mas o multipartidarismo apenas serve para disfarçar ideologias racistas, políticas de apartheid, iniquidade social.
Por exemplo, há dias uma cidadã israelita foi detida por publicar críticas à guerra em Gaza. O vídeo da detenção foi gravado pela própria polícia israelita.
Outro exemplo que destrói a imagem da democracia israelita é a selvajaria que se abateu sobre o cortejo fúnebre de um palestiniano morto pelo exército israelita. Não há palavras para descrever o que aqui se vê.
Quando o parlamento israelita discutiu as mortes sistemáticas de jornalistas palestinianos, o deputado Ahmed Tibi (palestiniano de nacionalidade israelita) confrontou as restantes bancadas com o crime em curso e a resposta foi que nenhum deles lamentava as mortes de palestinianos em Gaza, fossem jornalistas ou não.
Mais um exemplo. Uma manifestação silenciosa foi dispersada pela polícia porque se tratava de uma homenagem a um palestiniano. A polícia não se limitou a destruir cartazes e a dispersar as pessoas, também agrediu homens velhos.
Haaretz é um dos principais jornais israelitas. Por isso, a censura atua sobre ele com especial cuidado. A imagem abaixo é o exemplo do que acontece frequentemente: textos censurados. Só no ano passado, a censura israelita proibiu a publicação de 613 artigos por órgãos de comunicação social e redigiu partes de outros 2703. O fascismo é isto, também.
Quanto a democracia, estamos falados.