Todas as transições têm uma dose de dor. Mudar implica adaptação a novas realidades e nem sempre é um processo fácil. A transição digital dos serviços públicos além de obrigar o cidadão a se adaptar às novas tecnologias, obriga-o a ter computador em casa e serviço de internet (que não é barato). Mas o pior é que depois de ultrapassar essas fases, o portal do Governo não funciona.
Neste caso, estamos a falar do Portal das Matrículas. Sim, quem quiser matricular, renovar matrículas ou efetuar um pedido de transferência de escola do seu educando, tem de entrar nesse portal e desenvencilhar-se no labirinto eletrónico que lá puseram de propósito para martirizar o utente.
Entramos utilizando os dados de utilizador do Portal das Finanças. É uma boa ideia, porque é lá que está tudo sobre a nossa vida. Mas, mesmo assim, perguntam tudo como se não nos conhecessem. Nome, morada, número de sapato, contacto telefónico, número de identificação fiscal, número da Segurança Social, documento de identificação (com o número de controlo), fotografia do educando, mais a morada da criança e todos os outros elementos que já pediram ao encarregado de educação. Mas, depois disto tudo, a meio do percurso, a “coisa” não anda. Há uma pedra na “engrenagem”.
O utente que volte a insistir mais tarde. Quando? Não se sabe. Adivinham-se problemas sérios dentro de dias, quando o ano letivo terminar e milhares de pais quiserem matricular, renovar matrículas ou colocar os pimpolhos numa nova escola.