Vala comum de jornalistas

0
1458

O mundo continua a olhar perplexo, imóvel, para o que se passa na Faixa de Gaza. Os mortos amontoam-se, quase todos mulheres e crianças. Morrem nos bombardeamentos, morrem na mira insensata e insensível dos snipers militares, morrem em atentados seletivos, morrem de fome. Todos juntos, são já mais de 32 mil mortos. Um dia, justiça terá de ser feita a esta monstruosidade.

Para os jornalistas não é diferente. Nenhuma regra se aplica a esta guerra. Os jornalistas têm sido alvo da tropa israelita. Até hoje, desde 7 de outubro, morreram 140 repórteres. Nunca antes um exército regular matou tantos jornalistas em tão pouco tempo. Matar jornalistas serve para fechar o olhar do mundo para o que se passa em Gaza. Queria Israel que ninguém visse como se assassinam pessoas.

Matar jornalistas é a tentativa de alcançar o ideal militarista de Israel, executar o genocídio do povo palestiniano sem testemunhos.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos disse estar preocupado com o “elevado número” de jornalistas mortos na Faixa de Gaza. “Os assassinatos de todos os jornalistas”, “devem ser investigados minuciosamente e de forma independente para garantir o estrito cumprimento do direito internacional e as violações processadas”, lê-se na conta do organismo na rede social X.

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF), sobre a morte dos jornalistas em Gaza, afirma que “muitos deles estavam em campo, em reportagem, claramente identificáveis como jornalistas, outros foram mortos por ataques que atingiram especificamente as suas residências. A RSF acionou duas vezes o Tribunal Penal Internacional por esses crimes contra jornalistas cometidos por Israel.

De vez em quando, órgãos de comunicação social, um pouco por todo o mundo, falam destes assassinatos de jornalistas. São sussurros para os ouvidos dos que continuam a disparar balas e mísseis contra um povo desprotegido. Os militares e os políticos de Israel perderam a alma.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui