Apenas na primária e Universidade frequentei o ensino público. Ora, trabalhando sempre no ensino particular, a minha experiência apenas foca a vivência e docência do mesmo, durante quarenta anos.
Há que educar os nossos jovens para serem melhores e não para serem os melhores. A vida feliz não é uma sorte qual euro milhões, antes uma herança educativa e uma conquista pessoal.
Não há regras universais e muito menos receitas mágicas, porém há princípios básicos que nos podem auxiliar na complexa tarefa que é educar. É fundamental assumir o papel de educador para estarmos à altura de tal desafio.
Em 1960 Portugal tinha entre a sua população 40 por cento de analfabetos. Precisamente a data em que deixei de pertencer a tal grupo, ao realizar o exame da quarta classe na sede do concelho que dista 20Km da aldeia. Os pais tinham que pagar a estadia numa pensão para durante os três dias realizar o mesmo, escrito e oral.
Com 10 escudos no bolso pude ver a cidade e comprar com os olhos os brinquedos das montras, pois a vida era muito dura, assim me educaram meus falecidos pais. Para casa trouxe 10 escudos e a aprovação no exame da quarta classe.
Mais tarde realizei os exames do 2.º e 5.º anos, dispensando das provas orais quem obtivesse a média de 12 e 14 valores prospectivamente. Finalmente tive a “sorte” de realizar os exames do 7.º ano em que a dispensa das provas orais foi de 16 valores pela última vez. Para concluir tive novamente exames na Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto, onde voltaram as orais.
A felicidade do ser humano está na viagem, nos saberes daqueles que connosco viajam.
Deves rogar que a viagem seja longa, Que sejam muitos os dias de Verão; Que te vejam arribar, com gozo, alegremente, A portos que antes ignoravas. (C. Cavafis)
aprecio muinto todas as cronicas aqui deixadas.continuem,obrigado Joao Pontes