
Marielle Franco foi uma ativista política na defesa dos direitos humanos, feminista e homossexual. Era muito popular e a sua carreira política prometia uma ascensão rápida, que foi travada a tiro na noite de 14 de março de 2018.
O autor material do assassinato está encontrado. É um antigo agente da Polícia Militar, Ronnie Lessa, membro de um esquadrão da morte, grupo criado para matar sumariamente alegados criminosos. Outro antigo polícia, Élcio Queiroz, foi associado à execução do crime.
Lula assumiu a Presidência e colocou o caso como “questão de honra” – assim anunciou o Ministro da Justiça. Em fevereiro de 2023, por determinação do Governo, a Polícia Federal organizou um grupo de trabalho, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro, para encontrar respostas para o crime político de maior repercussão nacional e internacional, desde a morte de Chico Mendes em 1988.
O ex-polícia Élcio Queiroz incriminou Ronnie como o autor dos disparos fatais. Élcio foi quem conduziu o carro na perseguição ao veículo onde seguia Marielle Franco. Élcio denunciou ainda um terceiro elemento, Simões Corrêa, que foi quem vigiou os passos e as rotinas de Marielle durante a preparação do atentado.

Na cadeia, depois de muita resistência, o assassino Ronnie Lessa acaba por dar um nome à polícia, como tendo sido o mandante do crime: Domingos Inácio Brazão, deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
As investigações às atividades de Brazão indiciam ligações a vários grupos de marginais, nomeadamente a Milícia Rio das Pedras e o Escritório do Crime. Mas Brazão nega tudo e falta provar que está a mentir.
Seis anos depois, quem encomendou a morte de Marielle Franco continua a monte. As denúncias que incriminam Brazão ainda não foram validadas pelo Supremo Tribunal de Justiça brasileiro.