Stella Assange espera há 5 anos que libertem o marido, Julian Assange, o jornalista australiano fundador do Wikileaks, o grupo de investigação jornalística que divulgou milhares de documentos que comprometem o governo e os militares dos EUA em crimes de guerra no Iraque e no Afeganistão.
Acusado de espionagem e de divulgação de documentos secretos, de atentar contra a segurança do Estado, os EUA querem que Assange seja extraditado para poder ser julgado. Nos EUA, Assange corre o risco de ser condenado a 175 anos de cadeia ou mesmo à pena de morte.
Detido em Inglaterra, o tribunal aceitou prorrogar a extradição para os EUA e pedir garantias de que Assange terá um julgamento justo. Uma nova audiência foi marcada para 20 de maio de 2024 para decidir se as garantias são satisfatórias ou se o tribunal autoriza um último recurso contra a extradição.
Este compasso de espera é a derradeira esperança para os advogados e os apoiantes de Assange conseguirem evitar a deportação. Stella fez agora um apelo dramático para que o mundo, os jornalistas de todo o mundo, expressem o seu apoio a Julian Assange.
Julian Assange foi preso pela polícia britânica em 2019, depois de sete anos em exílio voluntário na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição. Desde então, está na prisão de alta segurança de Belmarsh.
Em janeiro de 2021, a justiça britânica decidiu inicialmente a favor do fundador do portal WikiLeaks, mas a decisão foi revertida posteriormente, em junho de 2022.
Nas últimas semanas, pessoas próximas de Julian Assange, detido há cinco anos na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, alertaram para a deterioração do estado de saúde física e mental.
Tantos crimes horrendos que permanecem impunes e não se concede a liberdade a um homem tanto tempo preso? Que é feito da tolerância, um dom supostamente inerente à humanidade?
Se é uma vingança, a mulher saberá melhor. Aos olhos de tanta gente que pede a sua libertação, antes parece um capricho obsessivo, essa vontade de acentuar uma pena que tem sido pesada. É por aí a salvação do mundo?
Este homem já pagou em saúde e privação da liberdade demasiado tempo. A família, que não tem a mínima culpa das suas acções, sejam elas consideradas condenáveis, ou resultado de um idealismo, está a pagar uma factura pesada.
Vi uma imagem do pai sentado à porta de casa. Parecia um homem bom e dorido.
Para a História será mais dignificante o perdão, do que a condenação, embora isto possa parecer naïf.