ARGENTINA, Milei só quer boas notícias

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A Argentina enfrenta dias difíceis. Os salários desapareceram na voragem inflacionista e o desemprego aumentou com o colapso de inúmeras empresas. As medidas brutais do novo Presidente, que pretende combater a imensa dívida externa do país, empobrecendo o povo, estão a provocar reações nunca antes vistas. Por exemplo, no Metropolitano de Buenos Aires, há cada vez mais pessoas que passam as cancelas sem pagar. Ou não têm dinheiro para o transporte ou não pagam como protesto.

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Mas o Presidente da Argentina não quer notícias más sobre o que se passa na Argentina e decidiu fechar a agência estatal de notícias Télam.

São 700 trabalhadores a ir para o desemprego. De um dia para o outro, foram impedidos de entrar no local de trabalho. No dia 4 de manhã cedo, o edifício foi cercado pela polícia que montou um gradeamento a impedir o acesso. Acesso ao site também foi imediatamente bloqueado.

O presidente argentino, Javier Milei, anunciou a decisão de encerrar a agência, argumentando que esta “tem sido utilizada nas últimas décadas como agência de propaganda do ‘kirchnerismo'”, em referência aos antigos presidentes Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Fernández de Kirchner (2007-2015).

Os protestos já se ouvem. A principal central sindical da Argentina, repudiou a decisão. “Esta iniciativa, com argumentos falaciosos que apenas encobrem motivações estritamente políticas e económicas, coloca em risco uma emblemática empresa de comunicação fundada há 78 anos – a segunda mais importante em língua castelhana e reconhecida internacionalmente – acrescentando angústia e ansiedade às famílias das suas trabalhadoras e dos seus trabalhadores”, lê-se num comunicado da Confederação Geral do Trabalho.

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