O massacre de jornalistas palestinianos da responsabilidade do exército israelita, é um tema tabú nos meios de comunicação social portugueses. Já mais de 130 jornalistas foram mortos, em 4 meses de conflito na Faixa de Gaza. Numa entrevista ao canal de televisão russo RT, uma sindicalista palestiniana diz que já só sobram 35 a 40 jornalistas na Faixa de Gaza, que trabalham e vivem nas mesmas condições dramáticas do resto da população: sem comida, sem água, sem abrigos e na vertigem da morte que se aproxima em cada tiro, em cada míssil disparado contra eles do lado de Israel.
Israel opera sob um clima de absoluta impunidade. Desde o início da vingança levada a cabo pelos ataques do hamas de 7 de outubro, os responsáveis políticos de Israel asseguraram que não haveria tribunais militares nem tribunais de justiça internacionais que fossem julgar crimes de guerra executados por soldados israelitas. E assim tem sido.
Beneficiando do apoio dos EUA, cujo Governo tem vários membros judeus, beneficiando da condescendência de muitos Estados europeus, Israel prossegue numa matança desenfreada e que se destina a eliminar o povo palestiniano. Os que não morrerem com os bombardeamentos, morrerão pela fome e pelas doenças. É um genocídio em marcha, 30 mil mortos até agora. Um genocídio que não podemos ignorar, porque os jornalistas de Gaza fazem-nos chegar, todos os dias, imagens horríveis dos massacres de famílias inteiras, com milhares de crianças mortas e estropiadas.
Imagens que as púdicas televisões não passam (porque o telespetador está a jantar) e que as redes sociais censuram para “manter a comunidade segura”.
Todos os que se calam, são cúmplices dos assassinos.