A sessão teve lugar no Casal Saloio do Outeiro de Polima, que foi aberta por Severino Rodrigues que referiu o trajeto de vida de Armando “Caracol”, os empréstimos e cedências de uma série de peças da sua colecção para ilustrar vários aspectos da vida dos saloios que ilustram várias salas do Casal Saloio.
José d’Encarnação lembrou o que era o Casal Saloio do Outeiro de Polima, a sua importância para a arquitectura vernácula da região que lentamente vai desaparecendo, como foi o caso do Casal da Pintora, em Polima. Referiu então a amizade de longos anos com o “Caracol”, ora nos almoços do 1º de Maio, que a classe dos Canteiros organiza todos os anos no telheiro da Horta do Paizinho, em Trajouce, encerrando a palestra com a leitura de uma entrevista que tinha feito ao Armando Freire, nos inícios do século XXI, em que enaltece o trabalho de recoleção das peças que guarda ciosamente no seu museu.
Carlos Carreiras, Presidente da Edilidade Municipal, encerrou a sessão desenvolvendo o seu discurso através da importância da cultura popular nomeadamente na vertente agrícola, que tenta recuperar através da introdução de hortas comunitárias, em diversos pontos do município, a produção de cereais, bem como a de vinho de Carcavelos, através da produção em terreno municipal, no Arneiro, Carcavelos, e a formação de parcerias com produtores que ainda possuem terrenos vinhedos.
De seguida, ofereceu a Armando “Caracol” uma placa que é uma cópia da Carta de Criação da Independência de Cascais da sujeição de Sintra, que significa a liberdade que os munícipes têm ao promover através do seu trabalho o conhecimento e bem-estar de todos os cascalenses.
A sessão terminou com um vinho de Carcavelos oferecido pela edilidade.