PORTAGENS + CARAS PARA VEÍCULOS DE COMBUSTÃO

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A Autoridade Mobilidade e Transportes (AMT) aconselha o governo a castigar os automobilistas que não utilizem veículos não poluidores em termos de libertação de dióxido de carbono. Os castigos preconizados são vários. Por exemplo, portagens mais caras ou interdição de circulação em zonas classificadas de “baixas emissões”.

Estas ideias foram apresentadas recentemente por Ana Paula Vitorino, presidente da AMT. À revista do ACP, esta especialista em mobilidade afirmou que, para promover a transição ecológica nos transportes, “pode existir uma componente que tem a ver com a poluição. E portanto, veículos mais poluidores podem ter uma portagem maior do que veículos menos poluidores. Isto é, pode haver deduções à portagem em função de se tratarem de veículos limpos”.

Ana Paula Vitorino na apresentação do estudo da AMT

O pensamento é mais profundo, com nuances que vão desde a originalidade das empresas se imiscuírem no modo como os seus funcionários chegam ao local de trabalho, até à criação de mais postos de carregamento para carros elétricos, incentivos não especificados para o uso partilhado de automóveis. Enfim, um rol de ideias que constam no estudo da AMT e que, supostamente, foi entregue ao governante da tutela para apreciação.

Do ponto de vista do cidadão que tem de se deslocar de um lado para o outro, seria muito mais interessante que a transição ecológica tivesse apoios financeiros para a troca de viaturas de combustão, isenção de impostos na aquisição de automóveis não poluidores. Facilidades em vez de multas e proibições.

MAS HÁ MAIS…

Mas a palavra “proibir” parece estar na moda. Dizem notícias vindas de Bruxelas que a União Europeia (UE) está a ponderar impedir reparações de carros mais antigos.

De modo a eliminar rapidamente os carros mais antigos, mais poluentes, a Comissão Europeia tem uma proposta, ainda não aprovada, para proibir as oficinas de reparar carros que apresentem determinados problemas mecânicos no motor, na transmissão, nos travões ou na direção, avarias mais comuns em veículos acima dos 15 anos de utilização. Esses veículos serão classificados como “residuais” e encaminhados para a sucata.

A motivação da UE é uma redução de 55% em veículos com motores de combustão até 2030, relativamente aos níveis de 1990. Há quem diga que é uma boa intenção, mas que carece de mais “vaselina”.

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