A ofensiva israelita em Gaza já custou a vida a mais de 26 mil civis, incluindo cerca de 11.400 bebés e crianças. Noventa por cento dos palestinianos estão deslocados internamente e vivem em condições desumanas, “sem eletricidade, sem comida, sem água, sem combustível” tal como prometeu o primeiro-ministro israelita quando mandou avançar as tropas. Não há hospitais para tratar sobreviventes dos bombardeamentos. Não há mesquitas nem igrejas para serenar a angústia. Não há bibliotecas para ajudar a “viajar para longe” daquele inferno. Não há escolas nem padarias. Todos os aspetos da vida em Gaza estão já destruídos.
Os estádios de futebol servem de prisão. Despidos, amarrados, vendados, os detidos permanecem no relvado imóveis ao frio, à chuva, ao sol, num desafio em que não têm qualquer hipótese de vencer.
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Apesar disto, a maioria das democracias ocidentais continuam a apoiar Israel. O slogan “Israel tem direito a defender-se” pegou de estaca, sem um olhar crítico. Estamos a dar o direito à defesa a um Estado que invadiu e ocupou o território de outros. E não reconhecemos o direito à defesa do oprimido.
Nem uma só sanção foi erguida contra Israel. Uma só. Israel continua a ser olhado como a “única democracia” do Médio Oriente, mesmo se extermina o povo vizinho. Mesmo se os snipers militares matam crianças e mulheres, civis de qualquer idade e género. Mesmo se a tropa quando avança leva consigo não apenas armamento, mas também retroescavadoras para destruir ruas e casas.
Surgiu agora a primeira petição internacional para que se imponham sanções a Israel. Os promotores escolheram sugerir o banimento de Israel das organizações desportivas mundiais. Pedem os peticionários a “suspensão imediata da participação de Israel em todos os desportos internacionais”. Tal como aconteceu com a Rússia, depois de ter invadido a Ucrânia. Isto significaria “a proibição de Israel competir nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, no Campeonato da Europa da UEFA e no Campeonato do Mundo da FIFA.”
A petição é proposta pelo DiEM25, um movimento transnacional internacionalista pan-europeu. Se quiser assinar, siga este link.