O novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, tem tido discursos de autocrítica e de compreensão pelo descontentamento que existe em muita gente.
Tem sido um discurso a tentar passar uma imagem de serenidade, mesmo perante o avanço da extrema-direita empolgada pela Convenção Nacional do Chega que decorre por estes dias. Quando Pedro Nuno Santos diz que é preciso perceber “quem acha que a solução são partidos populista, xenófobos ou racistas”, o PS já fala diretamente para franjas eleitorais próximas do Chega.
Podemos dizer que já começou a campanha eleitoral para as eleições antecipadas de março. Entretanto, o partido Chega reelege André Ventura como se estivesse na Coreia do Norte, os 98,9% dos votos mostram bem que não há espaço para vias alternativas ou oposição interna.

O discurso que vem da convenção do Chega não tem novidades: é contra a imigração, é contra os movimentos de igualdade de género, o discurso dos “velhos do restelo” como lhes chama o novo secretário-geral do PS.
