A Volvo está com problemas de produção na fábrica de Gent, na Bélgica. A origem desses problemas está no bloqueio marítimo no Mar Vermelho. O movimento político-religioso Ansar Allah, que controla parte do Iémen, em retaliação contra o genocídio dos palestinianos na Faixa de Gaza, decidiu bloquear navios mercantes de armadores judeus ou que se dirijam a portos israelitas.
Já mais de 20 navios foram atacados, um deles foi mesmo sequestrado. O Galaxy Leader foi o primeiro.
Se o vídeo for bloqueado no YouTube, podem visioná-lo na rede Telegram neste link.
Com o pretexto de proteger a livre circulação marítima e o comércio interncional, os EUA e o Reino Unido já estão a bombardear as bases militares do Ansar Allah, vulgarmente conhecidos por Hutis, mas isso não elimina o perigo para os navios mercantes. Provavelmente, esse perigo até aumenta.
Apesar da Volvo ser detida pela chinesa Geely e da China estar longe de apoiar Israel no extermínio de palestinianos, a verdade é que a empresa Volvo decidiu parar a produção e não arriscar a passagem de navios pelo Mar Vermelho.
A Volvo tem várias fábricas de montagem de automóveis na Europa. A única a parar é a da Bélgica, por enquanto.
VOLVO VENDE FÁBRICA DE VEÍCULOS MILITARES
As consequências de uma guerra são, por vezes, as mais inesperadas. Um dos ramos da Volvo é a produção de material militar, nomeadamente veículos blindados. Quando se esperaria que o negócio florescesse, eis que a Volvo anunciou a venda da unidade de defesa Arquus à Cockerill Mechanical Industries, empresa belga que também se dedica ao negócio do armamento.
A Arquus tem a sua fábrica em França, onde trabalham cerca de 1200 operários. Mas a unidade apenas representa 1% das receitas do grupo Volvo. Era um ativo pouco interessante. Sendo assim, os chineses livraram-se dele e, assim, deixam de ter este conflito de interesses, uma vez que o armamento produzido pela Arquus está todo destinado às guerras na Ucrânia e na Palestina, sendo que a China não apoia nem a Ucrânia nem Israel.