O protesto começou junto à embaixada dos EUA e terminou junto da embaixada de Israel. Pelo caminho, uma longa fila de gente gritou pela paz na Palestina e por um Estado independente palestiniano.
Palavras de ordem incluíam mensagens contra o apartheid implementado por Israel e mensagens contra o apoio assumido dos EUA e alguns aliados à repressão genocida israelita, numa alusão a que Israel mata palestinianos com bombas americanas.
Finalmente, Lisboa foi palco de uma grande manifestação pela paz na Palestina, depois de inúmeras manifestações que já decorreram em todas as grandes cidades à volta do mundo.
O protesto de Lisboa acontece 3 dias depois de ter tido início o julgamento de Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TPI), no caso apresentado pela África do Sul que acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza.
Israel é acusado de provocar uma crise humanitária sem precedentes, destruindo hospitais, escolas, áreas residenciais, provocando a fuga de 2 milhões de pessoas e a morte de mais de 20 mil civis, metade dos quais se estima serem crianças.
Há inúmeros casos de fuzilamentos sumários de palestinianos, de assassinatos perpetrados por snipers militares, de morte de prisioneiros palestinianos nas cadeias israelitas. E há a matança sistemática de jornalistas palestinianos, com 118 mortos em 3 meses de conflito.
Israel diz que a África do Sul espalha mentiras, os EUA dizem que a iniciativa do país africano é “contraproducente”. Mas quem tem acompanhado a invasão de Gaza tem assistido a atos sucessivos de vingança cruel e desmedida.
O executivo sul-africano tem sido historicamente um forte apoiante da causa palestiniana e o Congresso Nacional Africano, partido no poder, tem frequentemente associado a causa à sua própria luta contra o regime segregacionista do apartheid que vigorou na África do Sul entre 1948 e 1994.
No TPI, o caso está a ser julgado por um coletivo de 15 juízes.