PALESTINA, IÉMEN E ESPANHA

A Palestina está sozinha na luta contra Israel. Como sempre esteve, na verdade. Artigo de opinião.

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É evidente que os regimes árabes e islâmicos perderam credibilidade perante as suas próprias populações, pela ausência de respostas ao que Israel está a fazer em Gaza.

Depois de quase 2 meses de mortandade, de sucessivos atos genocidas que aniquilam o povo da Palestina, depois de 6 ou 7 mil crianças mortas (não importa o número certo), depois da destruição massiva de infraestruturas, de modo a impossibilitar o retorno dos sobreviventes às zonas destruídas, o conjunto de países islâmicos limita-se a declarações verbais de condenação. Preferem o mercantilismo e desprezam a solidariedade. Frouxos, venais.

E os defensores da democracia e dos direitos humanos, no ocidente tão humanista, compactuam com a “única democracia do Médio Oriente”, confundindo multipartidarismo com democracia. Aceitam a carnificina, vocalizam baixinho lamúrias de sacristia, mas não dão um murro na mesa para parar o exercício de tiro ao alvo que os israelitas executam na Faixa de Gaza. Na verdade, se não o fizeram nos últimos 50 anos, por que razão haveriam de o fazer, agora? Hipócritas, cínicos.

Nesta crítica ficam de fora o Iémen, único Estado árabe a agir militarmente em apoio ao combate dos palestinianos e a Espanha, com o primeiro-ministro Pedro Sanchéz a dizer que embora Israel tenha direito a autodefesa, deveria exercê-lo dentro do direito internacional e que a Espanha reconhece o Estado da Palestina, quer a União Europeia ou os EUA gostem ou não.

cartoon de Hélder Dias

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