CARROS HÍBRIDOS POUPAM QUASE NADA

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A necessidade de descarbonizar tanto quanto possível as atividades humanas, está a provocar alterações radicais em algumas indústrias, nomeadamente na construção automóvel.

O drama das baterias de lítio (extração do minério, reciclagem, etc.) é o principal entrave à eletrificação total dos automóveis, ainda mais quando o processo de carregamento das baterias é lento e pouco prático.

Os automóveis híbridos foram apresentados como a boa solução, uma vez que as baterias não têm de ser recarregadas num terminal (é o motor de explosão que carrega através de um alternador). Mas um carro híbrido continua a gastar combustível fóssil.

Testámos um Toyota Yaris (alugado num rent-a-car) durante 3 dias, em percursos mistos de estrada, montanha, cidade e concluímos que não é assim tão económico como julgaríamos à partida.

A alternância entre o motor de combustão e a propulsão elétrica é automática, depende da aceleração imprimida ao veículo, depende dos declives que se sobem, depende do estado do tráfego e depende da bateria (quando o nível de carga está baixo, o motor de combustão entra em funcionamento).

Com a bateria abaixo dos 50% de carga, o motor de combustão entra automaticamente em funcionamento
A vermelho indica que o motor de combustão transmite energia ao veículo e carrega a bateria, a verde indica que é a bateria a transmitir energia ao veículo

No final dos 234 kms percorridos, o computador de bordo dizia que o carro tinha consumido 4,4 litros aos 100, mas na estação de serviço depois de voltar a encher o depósito, as contas deram uma média de 5,3 litros aos 100.

A média indicada no computador foi mais baixa que a média do consumo real de combustível fóssil

Comparando com outros modelos idênticos, mas apenas com motores de combustão, este híbrido talvez gaste um pouco menos, mas a poupança talvez não compense a diferença de custo na aquisição do automóvel. O Yaris novo nunca vale menos de 25 mil euros. Um veículo semelhante em potência, mas só com motor de combustão, custará abaixo dos 20 mil. Ou seja, o investimento num híbrido justificar-se-á em casos de utilização intensiva do veículo. E um híbrido não dispensa a manutenção habitual de um automóvel normal, não será na oficina que se vai poupar mais alguma coisa.

Talvez outros modelos, de outras marcas, tenham um comportamento mais económico. Mas o Toyota Yaris não nos convenceu, neste capítulo. De resto, é um carro excelente, bastante confortável, seguro, cheio de recursos eletrónicos.

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