Talvez a inevitável verdade seja que o pecado capital de Donald Trump foi ter ido contra o complexo industrial militar norte-americano, que “governa” o mundo desde o final da II Guerra Mundial. Durante os quatros anos de trumpismo, os EUA não iniciaram mais nenhuma investida militar contra qualquer país potencialmente opositor.

No seu livro “Confissões de um Assassino Económico”, o ex-consultor económico e atual ativista ambiental John Perkins narra como a política de endividamento de países pobres e a indústria da guerra – a que chama corporocracia norte-americana, a dada altura alavancada pelas políticas neo-liberais – ajudaram a manter a hegemonia dos EUA durante décadas, muito à custa da contrainformação e propaganda. Segundo o autor, as ferramentas base da estratégica passavam por análises preditivas como as suas, à priori enviesadas, de desenvolvimento económico, a partir de investimento em infraestruturas financiadas por grandes empréstimos ao Banco Mundial. Estas análises preditivas vinham “empacotadas” num discurso onde se explorava o medo, nomeadamente de escassez, e a necessidade de contrair dívidas megalómanas para evitar um mal maior (o que na segunda metade do século XX foi o comunismo, passando posteriormente para o terrorismo).
Mas o que se faz quando se tem um Presidente que não alimenta esta “corporocracia”, nomeadamente o seu braço militar? O que se faz quando um gigante asiático como a China faz uma reload da mesma política de endividamento, puxando agora o discurso das alterações climáticas, e estabelece uma “Nova Rota da Seda” com a promessa de não se intrometer nas políticas locais?
O que se faz quando se tem uma América dividida, em que as grandes corporações exercem um lobby muito forte sobre os políticos e em que a cultura chinesa se infiltra nestes círculos, fazendo com que o controlo dos cidadãos e o sistema de crédito social possam parecer muito boas ideias?
O que fazia a CIA no chamado Evento 201? Para quem desconhece, esta foi uma simulação que ilustrou as áreas onde as parcerias público-privadas seriam necessárias durante a resposta a uma pandemia grave, a fim de diminuir consequências económicas e sociais em grande escala. A simulação foi organizada pelo Centro Johns Hopkins para Segurança Sanitária, em parceria com o Fórum Económico Mundial e a Fundação Bill e Melinda Gates, a 18 de outubro de 2019, em Nova Iorque.

Além das teorias da conspiração
Nos últimos três anos li e ouvi muitas teorias da conspiração mas confesso que a ideia de que há um clube de gente hiper-mega inteligente e rica que quer dominar o mundo, sendo capaz de antecipar, com uma genialidade incomparável na História humana, todas as convulsões sociais nunca me convenceu. Acredito, porém, em ideias que mexem com a emoção e movem montanhas, sobretudo quando se tem os meios para iniciar a excursão e está em causa o ego do ser humano.
Um exemplo, há exatamente 100 anos perguntaram ao alpinista George Mallory porque continuava a tentar escalar o Monte Evereste, depois de um longo impasse diplomático (resolvido por um burocrata intermédio do Império Britânico e não pelas elites políticas) e duas tentativas falhadas, com várias mortes e problemas técnicos à mistura. “Porque está ali”, terá respondido, num momento mediático marcante no rescaldo da I Guerra Mundial, quando se tentava recuperar o espírito humano gaseado nas trincheiras. Spoiler alert: também não foi à terceira tentativa. Foram precisos mais de 30 anos, muitas mortes estúpidas, para alguém atingir o topo do mundo, que hoje se tornou uma atração turística de gente entediada com o conforto ocidental.

Concluo que estamos a viver uma nova guerra, essencialmente comercial mas também geopolítica, onde o discurso escatológico anticomunista foi substituído, em termos amplos, pelas alterações climáticas, e, a nível particular, pela saúde global. Continua-se a vender dívida sobre a antecipação do apocalipse, simplesmente os comunistas tornaram-se nossos amigos. O mais recente livro do estratega político Peter Zeihan, O Fim do Mundo é apenas o Começo, a corroborar esta ideia.
A chamada Era contra o terrorismo iniciou-se a 11 de Setembro de 2001 e ressuscitou a importância do complexo industrial militar, meio adormecido com o fim da Guerra Fria uma década antes. As potencialidades da vigilância de cidadãos também começaram a tomar forma com a explosão das inovações na área da inteligência artificial (AI) e as análises preditivas por explorar dos algoritmos de aprendizagem automática.
As redes sociais mudaram a forma de as pessoas convivem e o modo como recebem a informação.
Mas onde isto nos leva?
No documentário “Peace, War and 9/11” que fez no final da sua vida, Graham MacQueen, activista anti-guerra e professor universitário de Peace Studies, refere o comentário de um teórico de sistemas Anatol Rapoport:
“Não pensem na guerra com um evento ou uma serie de eventos. Pensem nela como um sistema. É um sistema que é alojado por certas sociedades que extrai delas a sua energia e a sua força vital e muitas vezes só para sua desvantagem. Como um parasita ou um tumor da sociedade. Algo pela qual as pessoas matam e morrem. Adapta-se. Agora é o sistema feudal. Agora é o sistema republicano. Agora é o sistema socialista. A guerra avança e arranja maneira de se adaptar. É uma coisa, uma entidade. Beneficia pessoas. Beneficia companhias. Beneficia elites. Temos de perceber o sistema. E temos de perceber o que ele está a fazer. Temos de perceber as suas fases. E se algo poder ser feito para diminuir o seu poder sobre nós.”
MacQueen continua e explica os gatilhos da guerra, estabelecendo duas fases:
– A fase fria: não há qualquer actividade letal. Mas o sistema continua lá. Continua-se a fabricar armas. Continuam-se a fazer filmes com os russos como vilões. Continuam-se a fazer todas as coisas necessárias para suportar o sistema.
– A fase quente: um gatilho aciona esta fase. E de repente a actividade letal inicia-se.
Mas que gatilhos são estes? O que despoleta esta mudança de estado? MacQueen refere três tipos de gatilhos que geralmente acontecem na forma de eventos:
- Gatilhos de Guerra Naturais: “dois exércitos que se confrontam na noite, sem culpa de terceiros. Querem o mesmo território. São pobres e têm fome”.
- Gatilhos de Guerra Gerenciados: Há uma situação que despoleta o conflito mas um dos lados usa-a a seu favor porque esse lado quer o conflito em larga escala. Ex: Ataque Japonês a Pearl Harbor.
- Gatilhos de Guerra Fabricados: tudo é fabricado (false flag- ex: Evento do Gulf Tonkin que despoletou a guerra no Vietname). O país quer entrar em guerra então ataca-se a ele próprio (ex: MacQueen refere como exemplo o ataque às Torres Gémeas a 11 de Setembro de 2001 e passa o resto do documentário a explicar no que se baseia para afirmar tal posição).
MacQueen esclarece que estas “false flags” são essencialmente dirigidas aos políticos, por forma a condicionar decisões no Congresso. Incrivelmente os políticos são altamente suscetíveis a manobras de propaganda,
Continuo sem acreditar que o evento Covid tenha sido planeado, mas estou segura que foi manipulado em proveito de alguns sectores, aproveitando tácticas conhecidas (e aparentemente eficazes) do gigante asiático, de controlo de população para estabelecer a Ocidente, recursos de outro modo inaceitáveis pela cultural ocidental. Este aproveitamento está a ser feito em regime de cooperação/ competição entre as grandes Big Tech e Big Pharma americanas e Xi JinPing, o líder chinês, tendo como pano de fundo as “boas intenções” da OMS e da ONU que perceberam que, não podendo evitar guerras, podem unir as Nações em objetivos comuns, mediante causas “sobre-humanas”
O que faz a Europa? Tenta regular e manter a sua importância, de alguma forma a entrar em decadência. Aqui entra a Alemanha, país que foi escolhido pela OMS para ser uma ponte entre o Ocidente e o Oriente e em que Berlim é uma das cidades com maior número de startups de IA.
Além disso é pública a parceria entre a Fundação Gates e o Governo alemão.

Bill Gates, um dos homens mais ricos do planeta, é conhecido por defender o conceito de “Filantropia Eficaz”. Ou seja, a arte de ganhar dinheiro fazendo obras sociais.

No fundo não temos mais que grandes corporações, essencialmente americanas mas também chinesas, a adotar a ideologia chinesa de controlo da população. Mas para quê? Eu diria: mais consumo, mais consumo direcionado (e por tal passível de ser antecipado), revestido pelo que se chama de “bem comum” .
Mas onde isto nos leva?
Escreve o Dr Robert Malone, médico e cientista por trás da ideia original da tecnologia de mRNA:
“A ONU tem parcerias e acordos estratégicos com os países membros, bem como com outras organizações globalistas, como a Fundação Bill & Melinda Gates, o Banco Mundial, a CEPI, a GAVI, a Organização Mundial do Comércio, a União Europeia e o Fórum Económico Mundial (FEM)”.
Aqui está um exemplo de como as Nações Unidas operam.
O FEM e a ONU assinaram um acordo estratégico de parceria em 2019. Lembre-se que o FEM tem o compromisso de “capitalismo das partes interessadas”, pelo qual parcerias privadas trabalham para controlar os governos.
O FEM desenvolveu um plano em 2020 para utilizar a crise da Covid-XNUMX para reorganizar a governação global em torno de questões sociais, incluindo as alterações climáticas – este plano foi chamado de Grande Reinicialização (Great Reseat).
O FEM é uma organização comercial que representa as maiores corporações do mundo. Explora repetidamente tecnologias disruptivas para aumentar as oportunidades de crescimento económico para os seus membros corporativos. O FEM foi concebido especificamente para promover o poder económico dos seus membros da elite global, também conhecidos como a “classe bilionária”.
À medida que o FEM alimenta as Nações Unidas com dinheiro através do seu acordo estratégico de 2019, quem gere os conflitos de interesses que acompanham esta parceria? Onde está a transparência?
A ONU tem catorze organizações especializadas sob a sua liderança, todas envolvidas na governação global, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nenhuma destas organizações tem nada a ver com o âmbito da Carta original da ONU, que se centrava em acabar com as guerras, promover a paz mundial e os direitos humanos.”
(continua)
Bill Gates é um descarado! Perverso e abominável!
Ele está por trás de todas as armações contra a humanidade e faz sem piedade.