A única solução para a Argentina teria sido o perdão da dívida. A oportunidade de recomeçar. Mas o sistema capitalista odeia deixar de ganhar dinheiro e as crises dão sempre jeito para trucidar governos mais preocupados com o bem-estar social. Foi o que aconteceu.
Quando um país tem 40% de pobres, percebemos para que servem os empréstimos do FMI. E a Argentina tem a maior dívida do mundo ao FMI. Não é uma dívida, é um abismo, um buraco negro por onde se escoa toda a riqueza que se produz.
Javier Milei é mais um exemplo do populismo que grassa pelo mundo, embora na Argentina isso nem seja novidade. Milei lê a Torah, diz que as alterações climáticas são uma mentira socialista, odeia adversários políticos. É uma figura fabricada pelos media, com base nas palhaçadas que se dispõe a representr em público.
Agora que o desespero levou os argentinos a votar no ‘Trump das pampas’, Javier Milei, o novo governo vai vender tudo o que houver para vender. Não vai sobrar uma vaca. A Argentina vai perder a moeda nacional, a economia vai ficar sujeita ao dólar norte-americano, o povo vai continuar pobre mas, agora, sem escola pública, sem saúde pública, sem assistência social, nada.
A ideia será empobrecer ao máximo, comprimir os salários ao máximo, organizar a sociedade na repressão laboral e política, escravizar para dar lucro às multinacionais do hambúrguer, do futebol e do petróleo.