OLHA QUE COISA MAIS LINDA, MAIS CHEIA DE GRAÇA…

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“É um caminho que tenho realizado sempre com o propósito de aliar a sustentabilidade à arte.” Graça Padinha descobriu-se artista, quando se sentiu só, confinada pela pandemia. O isolamento, a “distância profilática”, a necessidade de satisfação intelectual levou-a para um caminho de criatividade que, hoje, é o seu modo de vida.

“Para mim é um desafio enorme, toda a transformação do processo criativo, dar beleza a algo que acabou o seu ciclo de vida.” Graça transforma aquilo que seria suposto ir parar ao lixo. Apanha garrafas abandonadas, mas também já há restaurantes que lhe guardam garrafas vazias.

“Utilizo mais materiais reciclados, tais como tampas de plástico, restos de tecido, jornais, brincos, colares” diz-nos a artista. Explica-nos que o seu processo criativo se insere no género designado por ‘steampunk’, um movimento artístico que conjuga artesanato com técnicas antigas e uma estética futurista, multidisciplinar e de uma diversidade que vai da literatura ao audiovisual, da moda às artes plásticas. É nesta espécie de caos estético que encontramos Graça Padinha.

“Sou uma autodidata pura, aprendi tudo por mim, fruto de muita pesquisa pessoal, dedicação, persistência e acima de tudo, paixão”, tudo à mostra nas redes sociais na “loja” Vidrosha, com porta aberta no Facebook.

Cada escultura leva 5 ou 6 dias de trabalho dedicado. As peças são moldadas, vestidas por medida e pintadas à mão. Aos 50 anos, Graça Padinha descobriu uma vocação neste género de arte. É também o seu modo de vida.

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