A máquina enviada pelos humanos em 2016 demorou dois anos a chegar ao asteroide, levou ainda mais dois anos até conseguir recolher as amostras e regressar à Terra, onde chegou dia 24 de setembro.
O que trouxe foi cerca de 250 gramas de materiais que irão ser meticulosamente analisados. Para já, pela análise aos primeiros resíduos, o asteroide Bennu parece estar carregado de compostos orgânicos e foram encontradas moléculas de água dentro de minerais semelhantes a argila.
As descobertas preliminares reforçam a hipótese de que objetos celestes como cometas, asteroides e meteoritos que bombardearam a Terra primitiva semearam o planeta com os ingredientes primordiais para a vida.
O asteroide Bennu é um corpo pequeno, tem cerca de 500 metros de diâmetro, apenas, mas é velho. Tem mais de 4 mil milhões de anos e os cientistas acreditam que é uma relíquia do início do sistema solar. Como sua química e mineralogia atuais estão praticamente inalteradas desde que se formou, estudar Bennu é como abrir um livro sobre a criação do planeta Terra.
Nos próximos meses, as amostras serão parceladas em pedacinhos pequenos e distribuídas por cerca de 200 cientistas em 60 laboratórios espalhados pelo mundo, um modo de envolver mais pesquisadores e de tornar a investigação mais expedita.