O JORNALISMO DECAPITADO

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Andam todos a mentir e há jornalistas a engolir a patranha e a disseminar a mentira. A história dos 40 bebés decapitados pelo Hamas não pode ser confirmada porque, provavelmente, nunca aconteceu.

Mas a mão que torce a verdade chega a todo o lado. O Presidente dos EUA disse que viu imagens, mas a Casa Branca, um pouco mais tarde, disse que ele não viu nada.

A mensagem sobre os 40 bebés foi inicialmente avançada por uma correspondente da televisão israelita i24, Nicole Zedeck, que disse em direto que soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram a existência de 40 cadáveres de bebés decapitados numa povoação israelita. Foi fogo na palha…

A mesma notícia repetida globalmente, mas nenhuma evidência, nenhuma fotografia, nenhum vídeo, nenhuma jura.

A repórter francesa Margot Haddad, do canal francês LCI, alegou, numa publicação no X, ter fotografias e vídeos dos corpos dos bebés decapitados, mas adiantou que “Nunca divulgarei estas imagens”. O normal seria dissimular o horror, mas exibir a prova do que afirma. Hoje é muito fácil tapar parte de uma imagem para evitar o horror, não deixando de exibir o fundamental.

O governo israelita confirmou à CNN Internacional a veracidade da notícia, mas a informação foi posteriormente desmentida por fontes oficiais das Forças Armadas.

O porta-voz das Formas Armadas de Israel, tenente-coronel Richard Hecht, afirmou à Sky News que não conseguia negar ou confirmar se, de facto, o Hamas decapitou crianças.

Tudo indica que a informação é falsa, mas entretanto fez o seu caminho, justificou muita brutalidade na retaliação israelita e terá, porventura, influenciado posições políticas inaceitáveis por parte da União Europeia.

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