A ativista pela defesa do ambiente publicou nas redes sociais uma declaração de apoio à causa palestiniana. Foi de imediato declarada “personalidade indecente” pelo ministro da Educação de Israel, que disse que Greta tinha acabado de perder o estatuto de referência para a juventude e que iria ser removida do curriculum escolar nas escolas de Israel.
De facto, Greta limitou-se a pedir um cessar-fogo. Limitou-se a expressar o que muitas pessoas pensam, incluindo o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Mas se Guterres não pode ser incomodado, a miúda vai ver como a influência judaica pode prejudicar iniciativas que dependem da promoção mediática e de patrocinadores que gostam de ficar bem na fotografia.
“Quem se identificar de alguma forma com Greta no futuro, na minha opinião, é um apoiante do terrorismo”, afirmou o porta-voz do exército israelita, Arye Sharuz Shalicar.
O porta-voz acrescentou que por Greta Thunberg “mostrar solidariedade para com Gaza significa estar a varrer o terror dos palestinianos, do Hamas, da Jihad Islâmica para debaixo da mesa, como se não existisse.”
Greta respondeu dizendo que “é claro que somos contra qualquer tipo de discriminação e condenamos o antissemitismo em todas as formas e feitios. Isto não é negociável”. Mas não chega, teria de ser declaradamente partidária da agressão israelita continuada ao longo de 75 anos e de aceitar os 5 mil mortos palestinianos dos bombardeamentos de Gaza nos últimos 10 dias.
Entretanto o massacre continua. Não se percebe como é possível que as democracias ocidentais aceitem, sem pestanejar, o sacrifício imposto a todo o povo, numa guerra alegadamente dirigida contra um partido político armado.