A política dos EUA é um nojo. Nada na lei americana impede senadores de venderem a alma ao diabo e eles vendem. Senadores que recebem financiamentos do lobby judeu, votam sempre a favor de Israel, mesmo que isso possa não ser do interesse do povo americano ou sequer do interesse da humanidade. O que se passou no Conselho de Segurança da ONU, com os EUA a vetar a proposta do Brasil para um cessar-fogo humanitário, diz tudo sobre a força deste lobby. Em 1980, o atual primeiro-ministro de Israel já sabia com o que podia contar…
Dinheiro. Grupos de lobby pró-Israel irrigam com milhões de dólares as carreiras políticas de senadores, governadores estaduais, membros do governo, sob uma única condição: seguir à risca a propaganda israelita.
Controlar agentes políticos e controlar a rede mediática, são os pilares essenciais para Israel ter o que quer do “monstro” militarista em que se transformou o sistema político dos EUA.
Israel comanda um dos lobbies mais poderosos do planeta enquanto mantém os palestinianos de Gaza na maior prisão a céu aberto do mundo. Como poderá a Palestina, que nem controla o fornecimento de água, comida e eletricidade ao seu povo, combater o lobby israelita sobre o Congresso e a imprensa da maior potência mundial? As iniciativas disruptivas a que chamamos terrorismo é uma das vias que tem sido experimentada, com custos imensos em perdas humanas.
Nesta crise a que assistimos hoje, os títulos jornalísticos alinharam incondicionalmente com o slogan de que esta é uma guerra contra o Hamas e não contra o povo palestiniano. Isto tem sido dito e repetido ao mesmo tempo que a retaliação israelita ceifa vidas a eito, sem olhar a quem, numa incontida pulsão vingativa sanguinária.
O primeiro-ministro israelita avisou pela televisão que ia arrasar Gaza e advertiu os habitantes para fugir para sul. E mandou bombardear o sul. E mandou bombardear os que tentavam partir. E mandou bombardear os que teimaram em ficar.
Semear a ideia de que a guerra é contra o Hamas, faz com que todas as vítimas sejam etiquetadas como militantes desse partido político classificado como terrorista, desumanizando-as. Assim tentam calar os gritos de indignação perante os crimes que estão a ser cometidos. Sobram poucos que sejam capazes de furar tal redoma. António Guterres levantou essa bandeira, com coragem.