As redes sociais mais ocidentalizadas estão a praticar uma política censória que contribui para deturpar a realidade. Dirão que na China a rede Douyin também só permite o que não chatear o governo, mas esse é um problema que não nos assiste, não utilizamos essa plataforma. Na verdade, todas as redes sociais têm políticas de censura para tentar controlar o que se publica.
Com o argumento de “proteger a comunidade” dos malefícios da propaganda política ou da violência, do terrorismo ou das notícias falsas, Facebook e YouTube, principalmente, cortam o que não encaixa na formatação da opinião pública que se pratica no chamado ocidente, Europa e América do Norte.
Neste site, o mais recente corte foi do vídeo com a mensagem das reféns do Hamas em Gaza. Preferem calar o apelo dos reféns, para não incomodar o esforço de guerra de Israel. Na rede social Telegram, essa mensagem não está censurada. Cliquem neste link.
As pessoas deixaram de ser tratadas como adultas e capazes de pensar, de fazer escolhas. A mensagem é censurada porque as reféns acusam o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ser responsável pelo sucedido em 7 de outubro e de optar pela solução militarista sem se importar com a vida dos reféns.
O argumento paternalista para impedir o visionamento deste vídeo é o de ter sido gravado sob coação dos sequestradores. E é sob coação da parte israelita que o vídeo é censurado. Entre duas ações manipuladoras, ficamos apenas sujeitos a uma delas. Nada de novo, como bem sabemos por experiência própria, os conteúdos desalinhados com os discursos oficiais são frequentemente censurados.
Diz o YouTube que esta rede social “é um local seguro para todos”, tentando convencer-nos de que a ignorância e a incapacidade de fazer escolhas nos irão trazer a felicidade.