PAPA CAÍDO EM DESGRAÇA

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O Papa Francisco caiu em desgraça na Polónia. Francisco recusa-se a diabolizar a Rússia e também não alinha na russofobia que se espalhou pela Europa. Depois de ter estado em Lisboa nas JMJ, Francisco foi até São Petersburgo, na Rússia, onde participou numa outra reunião de jovens católicos.

O Papa enalteceu a cultura russa. Disse aos jovens que o escutaram que eles eram “herdeiros da grande Rússia, a grande Rússia dos santos, a grande Rússia de Pedro I, Catarina II, império grande, iluminado”, e disse-lhes para nunca desistirem dessa herança.

Não sabemos o efeito que tais palavras tiveram nos russos, mas sabemos que na Polónia não gostaram. A Polónia é um dos mais acérrimos aliados da Ucrânia, na guerra contra a Rússia. E apesar de ser um país católico, não está com o Papa na defesa da cultura russa.

capa da revista Wprost de 4 de setembro de 2023

Papa é “habitante típico da América do Sul”

O jornal Wprost deu eco a esse descontentamento. Publicou o cartoon que exibimos aqui, e uma entrevista com um elemento do clero polaco onde se menospreza a opinião do Papa.

O padre Jacek Prusak diz que “Francisco trata a Ucrânia e a Rússia como uma unidade cultural e olha para a geopolítica através dos olhos de um habitante típico da América do Sul.” Um comentário paternalista, que o padre Prusak justifica ao acrescentar que “muitos habitantes dessa região do mundo acreditam que esse conflito é provocado artificialmente para aumentar o poder imperial dos Estados Unidos e da NATO.”

Não passa de mais um argentino, parece querer dizer o padre Prusak, do alto da sua visão mais esclarecida. “O antiamericanismo está no sangue de Francisco”, garante.

O padre Prusak tornou-se conhecido na Polónia, devido à atividade desenvolvida no âmbito da questão das denúncias sobre pedofilia na Igreja Católica e na defesa das vítimas dos abusos sexuais perpetrados por padres polacos.

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