Os ambientalistas dizem que a pecuária é das atividades agrícolas mais prejudiciais para o ambiente. A questão prende-se com os arrotos e bufas do gado bovino. Por isso, as grandes explorações de pecuária, seja para a produção de carne ou para a produção de leite, têm estado sob pressão dos ambientalistas que não cessam de apontar os malefícios ambientais dessas unidades de agropecuária.
Mas, eis que um agricultor canadense surge com uma proposta considerada interessante. Através de um método de apuramento genético, Ben Loewith anunciou que os próximos bezerros do seu rebanho vão arrotar e peidar menos.
O anúncio está a ser seguido com bastante interesse. Os jornalistas norte-americanos conseguiram cheirar aqui o potencial interesse público de passar a haver vacas menos gaseificadas e, portanto, menos lesivas para a camada de ozono e o aquecimento global.
O apuramento desta nova espécie de gado vacum é um dado garantido, diz Ben Loewith a quem o quer ouvir, “desde que não estejamos a sacrificar outras características, parece uma vitória fácil”, disse Loewith.
Esta engenharia genética está a ser desenvolvida por um laboratório, a Semex. A empresa utilizou as vacas deste agricultor como cobaias. Foram inseminadas mais de 100 vacas com um sémen de um boi que resultou já de um apuramento realizado e que, segundo parece, lança menos gases na atmosfera.
METANO É EXPLOSIVO
Para já, ainda antes que a coisa possa ser medida e devidamente avaliada, em termos científicos, Ben Loewith e a Semex aproveitam a publicidade. Ben vai vender o leite todo que as suas vacas conseguirem produzir e a Semex já tem encomendas de empresas em mais de 80 países.
Estamos no amanhecer de dias mais agradáveis, podemos afirmar sem medo. Há uns anos, na Alemanha, o gás metano expelido por vacas fez explodir o estábulo e o celeiro de uma quinta. A explosão feriu animais, danificou as instalações e pregou um susto de morte à população da aldeia de Rasdorf.
O gás acumulou-se com a flatulência e arrotos expelidos por cerca de 90 vacas. A polícia disse que um foco de “energia elétrica estática provocou a explosão do gás”.
Cada vaca é capaz de emitir 500 litros de gás metano por dia. As vacas também expelem amónia, que contamina solos e água, devido ao nível tóxico de acidificação.