A imposição é conduzir devagarinho. Tão devagarinho que dê cabo da paciência dos automobilistas e os automóveis passem a ficar em casa. Há um novo limite de velocidade em algumas ruas do centro do Porto: 20 km/h.
A regra vai abranger mais ruas, mas começa por se limitar a algumas artérias na freguesia da Vitória, na baixa da cidade. Depois desta fase experimental, conduzir devagarinho passará mais tarde a ser regra em todo o centro histórico, num projeto municipal conhecido por “Rede 20”.
Conduzir devagar poupa combustível, pneus e travões, ajuda a evitar atropelamentos e outros acidentes, mas a ideia principal é possibilitar que peões, trotinetas e bicicletas possam partilhar as ruas em pé de igualdade com condutores de automóveis. Parece um pouco bizarro, mas é essa a ideia.

Na opinião dos responsáveis pelas políticas de urbanismo da autarquia, o Porto “tem de mudar” e a mudança pretendida é dar prioridade aquilo a que se chama mobilidade suave: andar a pé, de bicicleta e de trotineta. Ou de transporte público.
Numa cidade algo escarpada, os cidadãos vão ganhar forma física, certamente.