EASYJET, greve contra exploração laboral

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Os tripulantes de cabine da Easyjet estão de novo em greve. É a terceira paralização em três meses, o que revela bem a insatisfação dos trabalhadores. A empresa foi obrigada já a cancelar centenas de voos, nas três bases operativas em Portugal: Porto, Lisboa e Faro.

Basicamente, os tripulantes portugueses ganham muito abaixo dos tripulantes de outras nacionalidades, imperam as relações de trabalho precárias, a empresa podia pagar com maior justiça uma vez que tem tido lucros impressionantes, a expectativa para 2023 é de 294 milhões de euros em caixa.

Estamos a falar de um setor completamente desregulado. As empresas de aviação lowcost são especialistas em salários lowcost também, mas a mesma empresa pratica salários díspares para as mesmas funções, dependendo da nacionalidade do funcionário.

Um francês, por exemplo, ganha mais do dobro que um português. Podem trabalhar no mesmo avião, executar as mesmas funções, podem ter competências equivalentes, mas o salário do português é sempre muito mais baixo.

Posto isto, os trabalhadores portugueses pouco têm a perder. O salário mínimo não deixa saudades a ninguém. Este periodo de greve na Easyjet terminará na próxima terça-feira e, até lá, muitos turistas vão ter maiores dificuldades nas suas viagens de férias.

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