Estiveram em Portugal, mais de 30 descendentes de refugiados judeus salvos por Aristides de Sousa Mendes, o diplomata português que para salvar milhares de vidas desobedeceu às ordens de Salazar.
Tratou-se de uma iniciativa da Fundação Sousa Mendes de Nova Iorque, intitulada “Journay On The Road To Freedom” (Viagem pela Estrada da Liberdade).
Os descendentes passaram por Bordeaux e Bayonne, onde o diplomata exercia funções de cônsul, e onde assinou milhares de vistos que permitiram aos refugiados sair do território francês e entrar em Portugal, em fuga aos nazis. Para chegar a Portugal, os refugiados tinham de atravessar a Espanha ou alugar barcos para uma viagem por mar.
Em Portugal, esta ‘Viagem pela Estrada da Liberdade’ passou por Vilar Formoso, Carregal do Sal onde Aristides de Sousa Mendes viveu e ficou sepultado, Figueira da Foz e Lisboa.
Talvez a paragem na Figueira tenha sido a mais interessante, uma vez que os participantes tiveram a oportunidade de visitar a exposição “SER Consciência… 30/1000 por 1VIDA”, no Museu Municipal Santos Rocha.
A exposição está patente ao público até 20 de setembro.
Assim celebraram os 80 anos do magnífico ato de consciência de Aristides de Sousa Mendes. Em 1940, com a França ocupada pelos nazis, durante semanas, de dia e de noite, o cônsul português concedeu milhares de vistos de entrada em Portugal a refugiados de várias nacionalidades que desejavam fugir, contrariando as ordens de Salazar. Dizer ‘não’ ao ditador custou-lhe a carreira diplomática.