Raros são os municípios que mantêm, em papel, uma agenda cultural mensal. Quase todos se renderam, submissos, ao digital, na expectativa, primeiro, de que em todas as casas haja acesso à Internet, depois, que todos saibam orientar-se no labirinto – que labirinto é sempre! – da página de uma autarquia. Por mais que se lhes diga o contrário, o peso dos técnicos é grande, o custo do papel assusta e… a agenda em digital é outra coisa, dizem os seus apaniguados, em cujo número eu me não situo.
Aplaudo, pois, a continuidade dada ao pequeno livrinho de bolso que é como se apresenta 30 Dias em Oeiras, a agenda cultural do município de Oeiras, distribuída pontualmente, no início de cada mês, nas caixas do correio de quem oportunamente a solicitou.
Tenho presente a de Julho/Agosto (excepcionalmente bimensal), em que ressaltam os logótipos Oeiras Cultura e Oeiras Valley, que foi, esta, uma das recentes denominações com que Oeiras – para se enquadrar no panorama linguístico da estranja – não hesitou em se baptizar, mormente para sublinhar que, sim, há prédios, há arranha-céus (construídos e a construir!), mas o mais importante é o ambiente, o vale, o do Jamor, por exemplo.
Neste número, destaque-se a entrevista ao conjunto Club Makumba e às meninas d’As Três da Manhã. E, para os melómanos, a rica programação do VI Festival Internacional de Piano (o FIPO!) – porque música é o que não vai faltar!