A Associação Transparência Internacional Portugal enviou uma carta ao Tribunal Constitucional, a propósito das omissões nas declarações de rendimentos de Luís Montenegro (presidente do PSD).
Além de não ter declarado o valor do imóvel que possui em Espinho, moradia com 6 pisos, elevador privativo e sabe-se lá o que mais, também não explicou a origem do dinheiro da compra, obrigatório dado o valor do imóvel e das obras de remodelação que Montenegro mandou fazer.
O que nos irá dizer o juiz conselheiro José Abrantes? Provavelmente nada. Se a resposta for a mesma quando teve de apreciar o caso de Basílio Horta (ex-CDS, atual PS)…
Basílio Horta, hoje presidente da autarquia de Sintra, esqueceu-se, por lapso, repetidamente ao longo de vários anos, de mencionar a existência de vários milhões de euros nas suas contas bancárias. Da origem desse dinheiro, nunca fomos esclarecidos cabalmente. O juiz conselheiro teve uma conversa com Basílio, terá sido esclarecido sobre as dúvidas quanto à origem do dinheiro, mas publicamente o “milagre da multiplicação” nunca foi explicado.
Todos os dias surgem novas notícias sobre investigações judiciais, políticos sujeitos a medidas de coação, denúncias de compadrios, um corrupio de suspeições que dão do país uma imagem de choldra incomensurável.
Sobre o caso Montenegro, a Transparência Internacional Portugal tornou pública a carta enviada.
Certos de que Montenegro vai sair airosamente deste “irritante”, enviamos uma peça decorativa para o hall de entrada da nova habitação. Um verdadeiro símbolo da portugalidade: o Galo de Barcelos, numa versão do cartunista Hélder Dias.