Morreu mais um jornalista em serviço de reportagem. Nós, os repórteres, devemos prestar-lhe homenagem.
Fazer jornalismo sério na Ucrânia (em qualquer cenário de guerra) é arriscado. Mostrar o que acontece no terreno é difícil, estar no epicentro dos acontecimentos é muito perigoso. O risco é calculado, nenhum jornalista vai para morrer na reportagem, mas as balas são cegas e as bombas estúpidas. Não foi o primeiro a morrer ou a ficar ferido nesta guerra.
A morte de Arman Soldin não serve a ninguém. Aconteceu na confusão do fogo cruzado de artilharia. Havia outros jornalistas no local, só ele teve azar.
O repórter estava em Chasiv Yar, no leste da Ucrânia. Arman Soldin tinha 32 anos, trabalhava para a agência France Press.
Um dos seus últimos vídeos, datado de 1 de maio, mostra bem como este repórter se arriscava.
A morte de Arman Soldin foi noticiada também nos canais russos de Informação, inclusivamente no canal Telegram do Grupo Wagner.