“CRIMINOSO DE GUERRA” FESTEJA 100 ANOS DE VIDA

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Se não morrer até lá, dia 27 de maio Henry Kissinger celebrará 100 anos. Muitos não saberão, outros já terão esquecido, mas enquanto secretário de Estado ou conselheiro de segurança nacional nos governos de Richard Nixon (1969-1974) e Gerald Ford (1974-1977), Kissinger foi um dos principais mentores da política externa norte-americana.

Os historiadores têm sido benevolentes face ao que aconteceu nesses anos. Com o argumento de “combater o comunismo”, os EUA provocaram guerras injustas e golpes de estado, permitiram ou incentivaram invasões e massacres de populações.

Alguns críticos de Kissinger, acusam-no de ter cometido crimes de guerra, como dar luz verde à invasão indonésia de Timor-Leste (1975), os golpes de estado no Chile (1973), no Uruguai (1973), no Camboja (1970), os massacres no Bangladesh (1971), a Operação Condor (assassinatos seletivos em toda a América latina) ou o apoio à ditadura militar na Argentina. Muita gente morreu à conta das necessidades da geopolítica norte-americana na época em que Kissinger foi um dos principais mentores dessas políticas.

Nos Estados Unidos, há quem não poupe nas críticas e acusações ao velho político. A revista The Nation, por exemplo, fala mesmo em “criminoso de guerra”. Assim mesmo, sem meias-tintas.

O título do artigo é “Henry Kissinger, Criminoso de Guerra ainda à solta aos 100 anos de idade”. Na introdução ao artigo, podemos ler que “Sabemos agora muito sobre os crimes que cometeu durante o seu mandato, desde ajudar Nixon a inviabilizar as conversações de paz de Paris e prolongar a Guerra do Vietname até dar luz verde à invasão do Camboja e ao golpe de Pinochet no Chile. Mas sabemos pouco sobre as suas quatro décadas na Kissinger Associates.”

capa da revista The Nation

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