A CIDADE AZUL

Todas as capitais irradiam fascínio singular! Sobretudo a cada um de nós. Madrid, Paris, o Rio, Londres… Um génio as guindou a esse estatuto, um feitiço a elas nos atrai! Lisboa não ficou atrás, tantas as são as canções que lhe dedicam, os pintores que em telas a imortalizam

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As aguarelas de Paulo Ossião aumentam-lhe sobremaneira o feitiço, ao envolver o casario em mui sonhadora tonalidade azul assim meio nublada, como se, em manhã de nevoeiro, sempre fosse verdade e el-rei D. Sebastião aportasse ao Cais das Colunas: «Portugueses, aqui estou!».

Nisso meditaria, quiçá, aquele vulto feminino, vermelho é o vestido que enverga, a contrastar com o azul envolvente. Está sentada no lancil e há majestoso monumento por detrás, a altivez dum cavalo… Que majestosa cidade! – pensará. Que belezas encerra! Que magnetismo nos atrai?

Paulo Ossião deixou-se seduzir, fixou um «Novo Olhar» sobre Lisboa; e os seus quadros transmitem-nos, por seu turno, essa sua enorme sedução.

Desta feita, na exposição que, inaugurada no dia 6, estará patente na galeria do Casino Estoril até 6 de Junho, não se quedou apenas pelos edifícios, pela sua magnificência exterior; aqui e além, ousou abrir a porta ou como que cortar um prédio a meio e mostrar a vida, as pessoas… que uma cidade assim tem pessoas dentro!

O visitante pára diante do quadro, pára mesmo. Não resiste, até, à tentação de o fotografar para, mais logo, em casa, voltar a ver e a sentir a mesma devoção por… uma cidade envolta em azul. Um céu como não há outro igual!

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