RÚSSIA E CHINA VÃO ESCAVAR A LUA

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A Rússia e a China assinaram um acordo sobre a exploração do solo e subsolo da Lua. O geofísico russo Igor Marinin anunciou que projetos comuns estão já a ser elaborados para terem início dentro de 2 ou 3 anos.

Marinin é citado pela agência de notícias TASS, a propósito da exploração desmesurada dos recursos da Terra, o cientista diz que alguns dos minérios mais raros e preciosos para a atividade industrial estão mesmo a desaparecer, mas que a Lua é riquíssima e está aqui tão perto…

Marinin afirma que “há muitos metais no solo e subsolo lunar, incluindo a platina, que terminará na Terra nos próximos 30 a 40 anos. Por isso, surgiu a ideia de minerar esses metais na Lua.”

O primeiro projeto será a construção de uma base lunar permanente. A mineração será feita por máquinas automáticas e robots. O cientista diz que a Rússia e a China não deverão rejeitar a colaboração de um terceiro parceiro, os Estados Unidos.

Aliás, a cooperação espacial entre a Rússia e os EUA não sofreu nenhuma beliscadura e a guerra na Ucrânia não impede que astronautas americanos voem para a Estação Espacial Internacional em naves russas e vice-versa. Em setembro, um foguetão Soyouz descolou do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, para levar três astronautas para a Estação Espacial Internacional, um norte-americano e dois russos.

No entanto, a Rússia anunciou que se iria retirar do consórcio que utiliza a Estação Espacial Internacional, não por causa da guerra, certamente, mas para se dedicar a estes novos projetos em parceria com a China.

O primeiro voo para a Lua desta parceria Rússia/China deverá acontecer em julho deste ano. O planeamento divulgado por Igor Marinin refere mais três viagens nos próximos seis anos.

E DEPOIS, MARTE

Sobre Marte, o geofísico diz que “Marte ainda é interessante, mas leva quase 7 meses para voar até lá. Sete meses para ir, mais sete para voltar, seis meses para estar em Marte. São dois anos. Um litro de água por dia, por cada astronauta, vezes 730 dias, são toneladas de água. O mesmo com comida. Ainda não temos naves espaciais capazes de transportar tanta carga”, diz Marinin.

O cientista disse, ainda, que será preciso desenvolver motores capazes de fazer a viagem até Marte em menos tempo. “Se em seis meses for possível voar para Marte e voltar, isso abrirá imediatamente a possibilidade de levar pessoas até lá”, concluiu o cientista.

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