TVI E CMTV VÃO MATAR A SIC

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Em 2019, a Cofina (dona do Correio da Manhã) esteve quase a comprar a Media Capital (dona da TVI). Para muitos, teria sido uma espécie de “triunfo dos porcos” na comunicação social, os cultores do sensacionalismo a tomar conta de um dos principais canais de televisão generalista do país. A coisa falhou, mesmo depois da ERC e da Autoridade da Concorrência terem dado consentimento ao negócio.

Os anos passaram e, agora, é a Media Capital a querer comprar a Cofina. Alguns jornais falam em “fusão” e não em aquisição. Seja como for, a junção destes dois grupos criará um “monstro” no setor e poderá ditar o fim da SIC como canal de referência.

Correio da Manhã e TVI juntas, passarão a dominar a produção de conteúdos informativos e de entretenimento. No cabo, terão uma posição dominante, com a CMTV (líder no cabo) e os demais canais da TVI, com relevo para a CNN Portugal.  

(IM)PRESA ENFRAQUECIDA

O grosso das receitas publicitárias em televisão ainda está no sinal aberto, embora cada vez menos devido ao crescimento dos media digitais e redes sociais. Em 2022, o Observatório da Comunicação dava conta das receitas geradas pela publicidade na Impresa, Media Capital e Cofina, com vantagem para a Impresa mas revelando uma subida acentuada da Media Capital, tal como demonstra o gráfico.

fonte OBERCOM

Desde 2021, a Impresa já perdeu esse primeiro lugar, numa alternância taco a taco com a Media Capital. Se se confirmar a junção com a Cofina, a Impresa diz adeus à possibilidade de dominar o mercado e, faz parte das regras, ou reinveste ou cai para o fundo, como já lhe aconteceu no início da década passada, na sequência de ter despedido Emídeo Rangel. Acresce que nos últimos anos a Impresa tem apresentado quase sempre resultados deficitários, aquilo a que vulgarmente chamamos prejuizo. Ou seja, é uma presa enfraquecida na selva capitalista.

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