A GUERRA E O TIK TOK

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O senhor Shou Zi Chew é a versão chinesa de Mark Zuckerberg. Em Portugal, talvez a maioria das pessoas nada saiba acerca de Chew, já que os media que consumimos estão balizados pelos interesses políticos dos EUA.

Chew é o dono do Tik Tok, uma rede social global, tão poderosa e disseminada quanto o Facebook. Perguntem aos adolescentes portugueses onde passam tempo nas redes sociais e eles dirão “Tik Tok”.

Por ser chinesa e não estar controlada pela América, a rede social Tik Tok está na eventualidade de vir a ser proibida nos EUA. Num vídeo em inglês, publicado na sua rede, dirigido ao público americano,  Chew afirmou que “alguns políticos começaram a falar sobre a proibição do TikTok”.

@tiktok

Our CEO, Shou Chew, shares a special message on behalf of the entire TikTok team to thank our community of 150 million Americans ahead of his congressional hearing later this week.

♬ original sound – TikTok

Nesta mensagem, Chew garantiu que 150 milhões de norte-americanos têm conta no Tik Tok. Quase metade da população dos EUA. E também disse que 5 milhões de empresas dos EUA usam o TikTok para alcançar clientes. E pediu aos utilizadores desta rede social para deixarem mensagem contra a proibição do Tik Tok.

As alegações dos censores norte-americanos falam em potencial de espionagem. Eles lá saberão para que servem as redes sociais.

Dentro de dias, o dono do Tik Tok irá responder perante o Comité de Energia e Comércio do Congresso norte-americano. Mas a audição é uma cena de um enredo já escrito. A presidente desse comité já disse que apoia a proibição do Tik Tok. E há cada vez mais senadores a declararem apoio ao bloqueio dessa rede social ou à alienação forçada das participações de. cidadãos chineses nessa rede social. Alienação a favor de investidores norte-americanos, gente mais confiável, evidentemente. Num filme de cowboys isto seria a cena do assalto.

Os desconfiados dizem que tudo isto está relacionado com geopolítica, dominação global, guerra na Ucrânia e bases militares norte-americanas na Ásia. Gente de pouca fé.

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