MAU ATENDIMENTO AO CLIENTE

Já houve um tempo em que falavamos uns com os outros, discutíamos por vezes, chegavamos a entendimentos, divergiamos, compreendiamos, dialogavamos. Hoje, ligamos para uma empresa e somos atendidos por máquinas. Fica difícil termos alguém com quem discutir.

0
890

O atendimento ao cliente está pela hora da morte. As grandes empresas, principalmente, não fazem grande esforço para viabilizar um atendimento rápido, eficaz e eficiente para o cliente. A bendita pandemia trouxe-nos um afastamento maior no que respeita a atendimento presencial, porque o número de balcões diminuiu substancialmente.

Inventaram serviços de atendimento telefónico automáticos, em que para chegar à fala com um funcionário temos de gramar com uma máquina a indicar-nos alternativas numéricas infindáveis e, às vezes, confusas.

Feitas as contas, as empresas descobriram que ganharam mais dinheiro que nunca. A GALP, por exemplo, apresentou lucros recordistas. Em 2022, a GALP arrecadou 881 milhões de euros de lucro. Quase duplicou os lucros, é o que se lê na imprensa.

Hoje liguei para a GALP. Depois de 14 minutos de conversas com máquinas e assistentes, em que tive de me identificar, com número de cidadão, número  de contribuinte e morada, mais do que uma vez, a chamada caiu. Voltei a ligar e a percorrer a mesma “via sacra” da primeira ligação, foram mais 19 minutos. Demorei mais de meia-hora ao telefone para resolver uma questão que não merecia mais de 3 minutos.

As administrações que alinham nesta desumanização das empresas, um dia vão descobrir que há uma máquina que as vai substituir também.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui