O atendimento ao cliente está pela hora da morte. As grandes empresas, principalmente, não fazem grande esforço para viabilizar um atendimento rápido, eficaz e eficiente para o cliente. A bendita pandemia trouxe-nos um afastamento maior no que respeita a atendimento presencial, porque o número de balcões diminuiu substancialmente.
Inventaram serviços de atendimento telefónico automáticos, em que para chegar à fala com um funcionário temos de gramar com uma máquina a indicar-nos alternativas numéricas infindáveis e, às vezes, confusas.
Feitas as contas, as empresas descobriram que ganharam mais dinheiro que nunca. A GALP, por exemplo, apresentou lucros recordistas. Em 2022, a GALP arrecadou 881 milhões de euros de lucro. Quase duplicou os lucros, é o que se lê na imprensa.
Hoje liguei para a GALP. Depois de 14 minutos de conversas com máquinas e assistentes, em que tive de me identificar, com número de cidadão, número de contribuinte e morada, mais do que uma vez, a chamada caiu. Voltei a ligar e a percorrer a mesma “via sacra” da primeira ligação, foram mais 19 minutos. Demorei mais de meia-hora ao telefone para resolver uma questão que não merecia mais de 3 minutos.
As administrações que alinham nesta desumanização das empresas, um dia vão descobrir que há uma máquina que as vai substituir também.