Malabaristas, acrobatas, mimos, homens-estátua, palhaços, músicos, nas freguesias mais turísticas as ruas de Lisboa estão cheias de artistas de rua. São quase todos estrangeiros, a dar espetáculos para quem passa, igualmente quase todos estrangeiros.
O turismo é uma alavanca importante da economia nacional, mas na verdade este tipo de turismo é desinteressante sob muitos pontos de vista. Culturalmente, vale zero. Estes turistas não frequentam cinemas nem teatros, a maioria não visita museus, procuram cenários para se fotografarem neles sem saber a História do chão que pisam. Nos restaurantes e bares, a maioria dos trabalhadores são imigrantes e as empresas são, cada vez mais, franchisados de marcas internacionais. Incaracterísticas.
Até os museus estão a adquirir formatos de entretenimento hollywoodescos, como é o caso do Quake, uma sala de espetáculo onde se recria o terramoto de 1755.
Ou seja, estar em Lisboa ou noutro lado qualquer, é o mesmo. Apenas muda o cenário.