Sempre que é Natal, há notícias frescas sobre o nascimento de Cristo, mesmo se aconteceu já há 2022 anos. Uma das razões para tal é a persistência de alguns mistérios sobre a vida de Cristo ou dos que o rodearam. Por exemplo, agora arqueólogos israelitas estão a divulgar que a chamada gruta de Salomé está prestes a abrir ao público e há novidades para contar.
O local sempre foi referenciado pelos povos que ali habitaram nos últimos 2 mil anos, mas sabia-se pouco sobre o sítio. Os cristãos acreditam que naquela gruta foi enterrada Salomé. Os arqueólogos dizem que a gruta pode ter sido a câmara funerária de Salomé, mas antes dela foi câmara funerária de judeus.
Na Bíblia, a única referência a Salomé é como tendo sido uma das muitas pessoas que seguiram Jesus, nas pregações pela galileia. A referência surge apenas no episódio que envolve a crucificação de Jesus no calvário, e o seu sepultamento. Mas os arqueólogos dizem que ela foi, de facto, a parteira que ajudou Maria no parto. A ser verdade, o parto de Maria foi tudo menos sobreanatural.
Nos trabalhos de preparação para a abertura da gruta de Salomé ao público, foi destapado um pátio com 350 metros quadrados, cujas lajes de pedra e mosaicos são consistentes com um túmulo familiar para judeus proeminentes, informou a Autoridade de Antiguidades de Israel (AIA), anteriores à época de Cristo.
Também foram encontradas inscrições – algumas em árabe – e candeeiros de óleo decorados que revelam que a gruta serviu peregrinos cristãos, incluindo até ao século IX após a conquista muçulmana da região, segundo a AIA. Terá sido lugar de peregrinação ou de descanso para viajantes.
Mas é certo que a gruta foi adaptada a capela cristã, dizem os arqueólogos israelitas, depois de terem encontrado várias cruzes de pedra e dezenas de inscrições gravadas nas paredes da caverna, datadas da época bizantina e islâmica primitiva. E que já nessa altura a capela era dedicada a Salomé, a parteira.
fonte: Reuters