DESPEDIMENTOS no Grupo Global Media

Os despedimentos no grupo de media de Marco Galinha não surpreendem. Os títulos do grupo não conseguem recuperar leitores. Apesar disso, há cerca de um ano, Galinha conseguiu meios para comprar a participação de Balsemão na Lusa.

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Segundo foi difundido pela agência Lusa, a Global Media faz saber aos trabalhadores que está disponível para aceitar propostas de rescisão. Claro que se ninguém quiser ser despedido a bem, acabará por haver despedimentos a mal. É o costume.

Em causa estão meios de comunicação social como, por exemplo, o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias, a rádio TSF, o desportivo O Jogo, o económico Dinheiro Vivo, o Açoriano Oriental (o mais antigo jornal de Portugal) e o Diário de Notícias da Madeira.

A empresa disponibiliza-se para pagar indemnizações um pouco acima do mínimo legal, mas propõe pagamento em 18 prestações mensais. Porque, assim, doi-lhe menos.

Recordamos que em 2020, o Governo distribuiu 15 milhões de euros pelas principais empresas de media nacionais e regionais. Esse pagamento teve o pressuposto de ajudar as empresas a aguentar o embate da crise publicitária provocada pela pandemia. O esquema montado pelo Governo foi de “pagamento antecipado” de publicidade institucional. Houve muitas críticas a isto, dizendo que o Governo estaria a comprar a complacência dos media. Mas poucos recusaram a oferta. Se a memória não nos falha, apenas o jornal online Observador recusou receber dinheiro por essa via.

O grupo Impresa e a Media Capital receberam mais de três milhões e trezentos mil euros cada pela compra antecipada de publicidade institucional. A Cofina teve direito a 1.691.006,87 euros e a Global Media recebeu 1.064.901,66 euros.

Mas o dinheiro gasta-se depressa. Acabou. E agora há trabalhadores que vão ser despedidos, porque a gestão faz-se sempre pelo lado mais fácil. E mais estúpido, também.

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