A HISTÓRIA QUE UM SELO TEM

Está em distribuição a série de selos dos CTT – Correios de Portugal dedicada à Numismática Portuguesa.

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Congratulamo-nos com o facto de haver sido incluído no selo com franquia mais corrente (para as cartas de peso inferior a 20 gr) a reprodução de uma das moedas mais significativas do território nacional, anterior à nacionalidade: o asse de Alcácer do Sal, datável dos séculos II e I antes da nossa era.

Tem de especial essa moeda dois elementos:

– o primeiro, a representação do golfinho, a testemunhar a sua abundante presença no estuário do Sado, como ainda hoje, felizmente, acontece;

– o segundo, a legenda em caracteres pré-romanos, na chamada, em geral, «escrita do Sudoeste», cujos signos ainda estão por decifrar, não sabendo os investigadores se se trata de caracteres com significado fonético ou pictográfico. Sabe-se, porém, dado que temos outros testemunhos idênticos já da época romana, que aí estaria o nome do sítio nessa língua.

No exemplar encontrado na villa romana de Freiria, em Cascais, cuja imagem também se mostra, o nome de Alcácer do Sal vem abreviado em IMP(eratoria) SAL(acia), igualmente entre dois golfinhos; no reverso, o rosto do deus Neptuno, o deus do mar, com o seu tridente.

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